domingo, 29 de abril de 2007

Regionalizar?

Está de novo nas ruas o movimento pela regionalização. Várias foram as figuras que imediatamente se juntaram à carruagem.
É certo que, cada vez mais, se torna sufocante viver debaixo de um poder centralista, paternalista e alienado, como tem sido o do governo socialista. À transferência de competências que se procedeu nesta legislatura, nenhum outro princípio presidiu que não o da redução da despesa do centrão. Isto, em claro prejuízo das autarquias, que não receberam a dotação necessária para fazer face a estas novas despesas, e dos cidadãos, que se viram privados da satisfação de serviços públicos por uma maquiavélica dupla via: o governo não presta esses serviços porques os "oferece" às autarquias, estas não os prestam por manifesta falta de verbas. No entretanto, os contribuintes continuam a pagar a exacta medida do acréscimo brutal de impostos. Podemos mesmo dizer que este governo criou aqui uma nova corrente político-económica: o Liberal-Socialismo socrático, modelo em que o estado central liberaliza os serviços públicos "privatizando-os" no sector público local (não será pois despiciendo pensar numa privatização por interposta pessoa, obrigando o governo à parceria público-privada por parte das autarquias, para obviarem à prestação dos serviços supra citados, para os quais estas não estão financeiramente preparadas). Ou seja, a "nouvelle cuisine" socialista com o toque liberal q.b., para não cheirar muito a travestismo. Este foi, portanto, o exemplo de abertura à descentralização que de Sócrates perpassou.
Neste cenário desmoralizador surge, como vimos de dizer, este novo movimento. Parece-me, como aliás o apontou Rui Rio, que é extemporâneo o ímpeto que lhe deu azo, não por falta de razão (ou razões), mas porque há toda uma miríade de aspectos que merecem ser pensados e repensados para que a discussão se adense e o tema seja responsavelmente tratado por todos os intervenientes. Sob pena de cairmos novamente na ridícula discussão sobre mapas e capitais e filhos e enteados, devemos ponderar aspectos (eventualmente) mais pacíficos como o que é que podemos fazer, já hoje, para uma efectiva descentralização, apurar o "quantum" de descentralização que queremos e devemos ter e, sobretudo, se essa descentralização não dispensa a criação dessas obscuras entidades - as "regiões" - e das burocracias que a elas possam vir adstritas. O meu ponto é o seguinte, é certo o desejo pungente pela real e operante descentralização de competências (que eu mesmo partilho), não menos certa porém é a questão de sabermos se vale a pena, por ela e para ela, arriscar tudo na exigência de um conjunto de órgãos de cuja idoneidade os portugueses parecem, na sua maioria, duvidar.
Pela minha parte continuarei a bater-me pela descentralização de competências mas sem grande entusiasmo pelo modelo institucional pressuposto pelos regionalistas.
Sou céptico mas não estúpido, por isso me lanço ao debate de forma pacífica quanto à controvérsia e desabrida quanto ao essencial.
Uma coisa já foi conseguida e honra seja feita aos responsáveis por este movimento, voltou-se a falar do poluto centralismo e a questionar a opulenta e provincianíssima capital, pelo menos fora dela.

sábado, 28 de abril de 2007

A famosa cozinha italiana

Por Berlusconi

Crepúsculo


Espero que para o bem do partido e sobretudo para o bem geral do país, caso se venha a apurar verdadeira a constituição como arguido do actual presidente da câmara de Lisboa, este se demita imediatamente.
Se assim for, será uma grande e inesperada derrota pessoal de Marques Mendes.
A laranja chora e as suas lágrimas não são doces.
Mais

Rostropovitch toca(-nos)


Apreciem um momento irrepetível (felizmente).
Aqui

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Quem vai vencer?


Numa altura em que se decide quem governará a França nos próximos 5 anos, começam os debates nos E.U.A. para as eleições de 2008.
Para quem quiser ver o debate entre os candidatos democratas nada melhor do que ir à fonte, vão aqui e cliquem em free video.

Profeta


Pois é, este blog e, principalmente, o seu nome, foi pensado numa altura em que nem se sonhava que este senhor queria regressar à liderança daquele feudo. Serve este post para, arrogantemente, me dar razão. Lembrem-se que esta gente que "anda por aí", sem ponta de graciosidade ou honra, não se coíbe de aparecer e desaparecer consoante as suas necessidades e nunca por Portugal ou pelos portugueses.
Serve este espaço para emitir opiniões singulares e fazer gerar o debate, mas sobretudo para denunciar este grupete parasitário.
É que para mim, grave não é viver da política, o grave é sim fazê-lo sem qualquer tipo de preocupação pelo que é o fundamental nessa nobilíssima arte (sim, eu ainda sou ingénuo) - As Pessoas e o País, NÓS.