sábado, 26 de maio de 2007

O problema da wikipédia



Enciclopédias à borla têm destas coisas.

Canta comigo Marques Mendes

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Mau Karma

Ora aí está, o pior pesadelo de Marques Mendes parece que se vai mesmo concretizar.
Nunca a metáfora desajeitada de Santana Lopes, quando nos brindou com as agressões ao "menino na incubadora", caiu tão bem.
Só resta a Marques Mendes qual "menino guerreiro" começar a cantar:

"Um homem também chora
Menina morena
Também deseja colo
palavras amenas
Precisa de carinho
Precisa de ternura
Precisa de um abraço
da própria candura

Gerreiros são pessoas
são fortes, são frágeis
Gerreiros são meninos
por dentro do peito
Precisam de um descanso
Precisam de um remanso
Precisam de um sonho
que os tornem perfeitos

É triste ver meu homem
guerreiro menino
com a barra do seu tempo
com o nosso ideal
São frases perdidas num mundo
por sobre seus ombros
Eu vejo que ele sangra
Eu vejo que ele berra
a dor que tem no peito
pois ama e ama

Um homem se humilha
se castram seus sonhos
Seu sonho é sua vida
e vida é trabalho
E sem o seu trabalho
o homem não tem honra
E sem a sua honra
morre-se, mata-se

Não dá pra ser feliz,
não dá pra ser feliz..."

terça-feira, 22 de maio de 2007

Boas notícias

"92 por cento dos portugueses apoiam a proibição de fumar nos escritórios e outros locais de trabalho fechados, e 91 por cento defendem a interdição de fumo em todos os espaços públicos fechados, como metro, aeroportos e lojas (a média comunitária em ambos os casos é de 88 por cento de apoio)."

"Uma expressiva maioria dos portugueses (84 por cento) também apoia a proibição de fumar em restaurantes (contra 77 por cento da média comunitária), e mesmo no caso que divide mais a opinião pública europeia, a interdição de fumar em bares e pubs, a medida é apoiada por três quartos dos portugueses (74 por cento), acima da média comunitária (62 por cento)."

Esperemos que o Ministro da Saúde aprecie com parcimónia este relatório e decida em conformidade.

A notícia completa no Sol

sábado, 19 de maio de 2007

Fado do delator


Ao professor Fernando Charrua:

"De quem não gosto
Até as paredes confessam
E até apostam
Que não gosto de ninguém

Podes fugir
Podes mentir
Não responder também, mas
De quem não gostas

Até as paredes confessam"

Intérprete: Margarida Moreira
Letra e Música: José Sócrates
Editora: Capataz

Se quiser comprar o disco clique aqui.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Sub Judice

É triste ver gente de nomeada sair do PSD, especialmente da craveira intelectual de Júdice. Agora, não menos triste é ver exactamente o mesmo Júdice a filiar-se tácitamente no P.S. ao tornar-se mandatário de António Costa, por sinal o candidato do principal opositor do PSD. A ordem de valores anda, definitivamente, mudada. Uma tal mudança em tão curto espaço de tempo até dá ideia de que foi motivada por motivos ulteriores. Não acredito nesta hipótese, mas como se sabe, a presunção de inocência na vida pública funciona de forma totalmente oposta à dos tribunais, é da responsabilidade dos "arguidos sociais" provarem a sua inocência.

Sobra em tristeza o que falta em revolta.

Negrão


Pois é, parece que desta é de vez, o candidato do PSD à CM de Lisboa está escolhido.
Um homem, honesto, íntegro, voluntarioso, cinzento, amorfo, sem chama, estou confuso, eu estava a falar de Marques Me.., ah pois Negrão, exacto.
A grande diferença entre Fernando Negrão e Marques Mendes é a estatura, física claro.
Vai ser interessante ver quanto é que um "clone" de Marques Mendes (tem todas as suas virtudes e defeitos) vale eleitoralmente. Será o princípio do fim de Marques Mendes?
O nome parece não augurar nada de bom: "Negrão", a ver vamos.

terça-feira, 15 de maio de 2007

Pingue-pongue (parte I)

Assim se chama o espaço de debate diário do jornal "Público", em que Helena Matos e Rui Tavares se degladiam saudavelmente em curtas mas incisivas crónicas.
O que me levou a escrever sobre este espaço foi o "reality check" único produzido por Helena Matos hoje mesmo.
Uma das grandes dificuldades com que a Europa e, mais concretamente, a União Europeia se tem deparado é a resposta a dar aos fenómenos de violência interna que vão assolando, com maior ou menor intensidade, os países membros. Vivemos numa época "sui generis" em que o relativismo moral parece um absoluto, o que constitui uma das mais caricaturais antinomias do ocidente moderno. Vivemos presos num "colete de forças" axiomático que, curiosamente, por nós foi criado. Antes que se disparem as customeiras críticas de que o mundo não é só a preto e branco, que também há um espaço cinzento onde os valores se confrontam tornando o determinismo inviável, devo dizer que não quero pôr em causa essa existência. O que digo, sim, é que quando confrontados com o preto ou o branco, não podemos procurar subterfúgios, tácticas subreptícias, quase conspiratórias, que invariavelmente apontam como culpados os suspeitos do costume - a Sociedade e as suas injustiças. Vamos a ver, quando um crime é cometido, alguém é julgado e condenado, cumprindo a sua pena, assim reafirmando a paz social e, esperançosamente, convertendo-se em alguém melhor que não irá reincidir no mesmo comportamento, somos forçados a ver aí um sucesso e mais, Justiça. Não fazemos qualquer tipo de distinção se o crime foi cometido por alguém de esquerda ou de direita, se por rico ou pobre (embora tal possa servir como algo a considerar na medida da pena do agente), em suma, se o crime é bom ou mau. O crime é em si mesmo um mal, se assim não fosse não reagiria a sociedade com tanta veemência contra ele. Ora se assim é, pergunta-se, porque é que de cada vez que acções criminosas como as que aconteceram em bairros problemáticos em França, ou mais recentemente entre nós, em Lisboa (na célebre Rua do Carmo), merecem um sem número de explicações sociológicas, redundando numa espiral de argumentos que convencem tanto quanto as acções que lhes deram origem. O objectivo óbvio parece claro, desculpabilizar e fazer gincana política com essas situações sempre a favor dos mesmos, a esquerda e extrema esquerda.

Pingue-pongue (parte II)

Porquê a esquerda perguntar-se-á? Esquecendo as origens históricas que a fundaram, os seus princípios jacobinos ou girondinos, o que parece poder afirmar-se é uma coisa, a causa gira em torno da invariável tendência para a colectivização, para o pensamento de grupo e desconsideração do indivíduo. O célebre mandamento kantiano do Homem como fim em si mesmo é estranho à esquerda, de uma tal forma que esta se opõe a tudo quanto resulte numa afirmação desse indivíduo, positiva ou negativamente. Exemplo mais claro desta repulsa "leninista" é aquele que vimos de explanar - o do crime e o da sua resposta. Concerteza que os factores sociais influem em muitos desses comportamentos, agora, não menos certo é a responsabilidade de pessoas adultas, responsáveis quer social, quer penalmente e às quais devemos reconhecer, nem que por defeito, capacidades mentais. Ou seja, não podemos desculpabilizar problemas reais, não nos podemos resguardar numa atitude pró-negativa, rejeitando as factualidades que nos atormentam. Sem dúvida alguma que é imperioso combater as causas sociais que incentivem eventuais focos de violência (não somente por causa disso, mas também por isso), contudo não devemos nunca permitir que tal combate nos tolde a razão e nos limite a acção. Sejamos claros, a violência é um mal em si mesmo e como tal deve ser combatida, o meio primordial para combater a violência a jusante é, não tenhamos dúvidas, a repressão, logo é o meio a utilizar. Quanto às "canalhices" a que Sarkozy se referiu há uns meses e que muitos de esquerda dizem ser o reflexo do homem que as proferiu, há sempre algo que parece roçar o ridículo em tais impropérios, quanto mais não seja pelo facto de colarem a quem os "vomita" uma cumplicidade absolutamente inaceitável com os agentes da violência. Então, e recorrendo às sábias palavras de Helena Matos, só me resta perguntar: "...porque custa tanto dizer que são criminosos aqueles (...) que se portam como canalhas? E que como todos os canalhas escolhem para alvos os mais pobres e os mais frágeis?". Não nos esqueçamos que, como bem nota Helena Matos, as grandes vítimas destes actos animalescos são pessoas como qualquer um de nós que, de um momento para o outro vêem o seu carro incendiado, a sua loja vandalizada, sem que ninguém marche por eles, sem que ninguém por eles se indigne. E isto não merece tanta ou mais atenção do que os adjectivos (justamente) utilizados por quem impotentemente assiste ao caos. Não sejamos hipócritas, se há alguém que, ao ver reproduzida esta barbárie, não se indigne e não grite bem mais do que "canalhas", então o seu código de valores está, mais do que desadequado, obsoleto.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Maternidade precoce

Faz hoje 73 anos a mãe mais nova de sempre. Aos 5 anos teve o seu primeiro filho.

A história aqui

domingo, 13 de maio de 2007

E se...



E se o CDS concorrer em coligação com o P.S. para a Câmara de Lisboa...

P.S.: Começa aqui uma série de "e se(s)" sobre as próximas eleições em Lisboa.

Ouisboa

Pois é, ao que parece o rumo do PSD está nas mãos de um conjunto de pequenos freaks. Não me entendam mal, mas já não bastava termos um líder de metro e meio, agora surge um putativo candidato que nem consegue pronunciar o nome da Câmara a que concorrerá. Atenção, nada tenho a opôr ao mérito e trabalho de Seara, no entanto, já o imaginaram num comício a gritar Ouisboa, Ouisboa. Esperemos melhores dias.

Vejam a confirmação (provisória) da candidatura aqui

terça-feira, 8 de maio de 2007

Vice versa

À semelhança do que fiz com o debate (as chamadas primárias) dos democratas, deixo-vos a sugestão: o primeiro debate dos republicanos na corrida para as eleições de 2008. Cliquem aqui, procurem "Decision 2008" e sigam os dois debates.

Parece complicado obter um curso na América

Pois é, se fosse tão difícil obter um curso em Portugal como é fácil perdê-lo na América, algo me diz que uma certa pessoa não teria um certo curso obtido numa certa universidade. Se é que me entendem.
Vejam aqui.

Carmona, Carmona quem és tu?

Ninguém, um "Zé Ninguém"...

domingo, 6 de maio de 2007

Fundamentalismo saudável

Cresce em mim uma notável preocupação em relação à legislação antitabaco. Isto tem que ver com as afirmações que, em jeito de sussuro, se vão fazendo quanto a eventuais recuos e cedências perante lobbies pouco representativos da vontade maioritária da população. O que digo, portanto, é que há claramente um conjunto de interesses que se conjugam - tabaqueiras, restauração e lazer e alguns (poucos) fumadores - e que, com um surpreendente mediatismo, têm (aparentemente) colhido apoios no seio do poder político.
Devo confessar que se trata aqui de uma matéria em que eu compreendo, apoio e potencio qualquer fundamentalismo em vista da coercividade quanto à proibição desse nefasto hábito. Sempre e quando o mesmo interfira, por mais mínima que seja a interferência, com o direito ao ar puro de qualquer ser humano. Sejamos claros, este é um daqueles temas que não admitem meios termos, ou somos a favor ou contra a proibição de fumar em locais onde coabitem, trabalhem ou circulem pessoas (com o pressuposto anterior presente como é óbvio). Nem se venha sequer argumentar que (como já ouvi no PP) o consumo de cocaína ou heroína é menos gravoso do ponto de vista da resposta do Estado, leia-se multas, do que o acto "inócuo" de fumar. O que aqui está em causa não é o mal que o fumador provoca "estupidamente" a si mesmo, é antes a repercussão nefasta que atinge todos os terceiros que se vêem obrigados a uma escolha maquiavélica: abandonar o local onde se encontram ou "gramar" com o fumo alheio e com as subsequentes consequências dessa inalação; e isto quando tal opção existe. Se alguém fumar cocaína ou heroína (ou outra substância idêntica) então que se autue de acordo com as contra-ordenações em questão (neste caso duas), é simples.
Da minha parte, que tive o prazer de viver durante um ano num país em que já vigorava a proibição de que se fala, no caso concreto na Itália, deixo aqui o meu testemunho. Posso-vos dizer que não existia entre os clientes habituais de bares, cafés e ou restaurantes qualquer sentimento de descriminação, desrespeito ou perseguição. O que se via sim era um reconhecimento cada vez maior das desvantagens inerentes a este vício e um crescente despertar para a necessidade de abandonar os cigarros, mesmo por via de uma maior auto censura.
Também não me foi visível qualquer amargura por parte do sector da restauração e lazer, os clientes não eram menos, as receitas não baixaram e a proibição não resultou na criação de um corpo de delatores que, qual PIDE, controlariam inelutavelmente os clientes.
Qual o segredo perguntar-se-á, nenhum, bastou uma dose sensível de civismo de todas as partes para participar num esforço que, nunca é demais lembrar, visa a saúde pública e que, exactamente por isso, merece a nossa pequena contribuição.
Assim o que cabe pedir ao poder político é que não recue numa questão que desde sempre foi um marco civilizacional e que hoje se pode tornar num sinal de evolução do nosso país.
A velha lição da liberdade assenta aqui que nem uma luva, "a nossa acaba quando começa a dos outros".

sábado, 5 de maio de 2007

Reino Unido menos unido

As eleições para o parlamento escocês realizaram-se recentemente. Os resultados, embora não totalmente surpreendentes, vieram dar a vitótria ao partido independentista (Scottish Natinonal Party - SNP). Trata-se não só de um resultado histórico, mas sobretudo de uma demonstração de um sentimento nacionalista que nunca abandonou os escoceses. Quem tem o prazer de conhecer alguém desse belo país sabe concerteza que uma das grandes mágoas que aflige esse povo é a subalternização forçada a que estão vetados face ao domínio inglês. Independentemente do que pensemos julgo que ninguém considerará, como já sugeriram, que se assistirá a uma balcanização da Escócia. Trata-se, contudo, de uma derrota considerável dos trabalhistas, mas sobretudo do reinado britânico.
Para mim, que com honra guardo a amizade de um simpático escocês independentista, é com especial prazer que assisto a estes resultados.

Aqui e aqui

Go Tony

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Até Rufus Wainwright se fartou da América

Vejam aqui o novo video do novo album do autor/intérprete pop americano mais completo da actualidade (na minha modesta opinião).

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Sieg Heil Paulinho

Vejam Portas no seu melhor

O fim (anunciado) das G.A.M. (Grande Área Metropolitana)

Aqui jaz

Portas e Floribela

Uma amiga informou-me de uma curiosa coincidência, Portas e Floribela voltaram no mesmo fim-de-semana.
"E esta hein!?"

O direito ao ar puro - fonte OMS

Os alertas da "fundamentalista" OMS (Organização Mundial de Saúde):

1 – O tabaco mata e provoca doenças graves;
2 – Um ambiente 100% livre de tabaco protege totalmente a população dos riscos graves da exposição ao fumo desta substância;
3 – O direito ao ar puro faz parte dos direitos humanos;
4 – Estatísticas revelam que a proibição de fumar é apoiada tanto por fumadores como por não-fumadores;
5 – Ambientes sem fumo de tabaco são tão bons para negócios como para famílias com crianças;
6 – Ambientes sem fumo dão aos fumadores que estão a tentar deixar de fumar um incentivo para o fazer;
7 – Ambientes sem fumo ajudam a prevenir, principalmente as camadas mais jovens, de começarem a começar;
8 – Ambientes sem fumo de tabaco saem mais baratos.