4 da tarde, 11 de Fevereiro de 2006, no Café junto ao Palazzo Dei Musei, em Modena. Corriere della Sera nas mãos, tentando praticar o dialecto local e salvá-lo da empedernida pronúncia portuguesa. Na mesa uma chávena com chocolate quente, panna (natas) e uma espécie de smarties como corolário ilógico daquele batido irracional e insensato de calorias.
De repente lembro-me de uma tarefa inadiável e saio disparado. Ao passar defronte à loja dos 300s local algo me chama a atenção e crava os meus sentidos. Volto atrás. É verdade, é mesmo verdade. Lá estão elas, ali, aristocráticas, impondo-se sobre tudo e todo o resto. Na loja há plásticos, geringonças várias, sumos e brinquedos. Mas elas não são como essa rés, a ralé do comércio mundial. Elas elevam-se e reclamam-me. Elas são as bolachas "Príncipe" da empresa Vieira de Castro.
O orgulho de Portugal ali prostrado no meio da plebe, da ralé dos produtos prêt-à-porter.
Foi um choque, um desânimo, mas, ao mesmo tempo, uma alegria encontrar ali um bocadinho de Portugal, nem que fosse na lojinha dos trezentos.
Voltei para casa depressa e mostrei-as e dei-as a provar a todos, estrangeiros e portugueses num exemplo de alma saloia como não há outro.
Enfim feliz.
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
"Príncipe"
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1 comentário:
em modena é fácil ser feliz :)
qto às vieira de castro, as amêndoas tradicionais com açucar falam por si!
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