domingo, 30 de dezembro de 2007

Argumentistas de boa vontade, UNI-VOS!



Na América está para durar a greve dos argumentistas. Já vai para três meses o impasse entre estes e os estúdios.

O que é notável em toda esta situação é a capacidade de reivindicação e a perseverança da Writers Guild of America, a associação que representa os grevistas. Graças a uma posição de intransigência, perfeitamente compreensível diga-se, tem conseguido manter unidas as hostes em torno do objectivo final - a cedência, por parte das grandes empresas de entretenimento, às suas exigências (aqui).

Uma coisa é certa, as nossas séries de televisão preferidas continuarão no limbo e não há garantias de que voltem tão cedo. Resta-nos esperar em agonia perante as infinitas repetições de episódios passados e a mediocridade da TV portuguesa.

Quanto aos Writers, a coisa parece estar a dar resultado já que o Late Show com David Letterman e o Daily Show com Jon Stewart chegaram a acordo com a WGA e regressarão em força já no início do próximo mês.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

My kind of romance

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Feliz Natal

sábado, 22 de dezembro de 2007

O mundo cruelmente resumido numa canção



P.S.: Cantado pela mulher do Johnny Depp.

domingo, 16 de dezembro de 2007

Coisas que me irritam



Há coisas em Portugal que me tiram do sério. Uma delas é a falta de concorrência entre as grandes empresas. A cartelização impune por estas praticada tem contornos de sado-masoquismo indesmentíveis.

Como se pode comprovar através de uma simples consulta aos tarifários da Vodafone, Optimus e TMN, a internet móvel é um logro no que à diferenciação de produtos diz respeito.
As três, indistintamente, praticam preços absolutamente idênticos, sendo a única diferença assinalável o giga a menos que a Vodafone oferece no seu plano 3,6Mbps.

Será razoável uma tal similitude, quer do ponto de vista dos operadores (onde só o operador que lidera pode transigir numa situação destas), quer na perspectiva dos consumidores?

Parece-me claro que a resposta só pode ser NÃO.

Recordando uma célebre música do Abrunhosa pergunto-vos "E tu e eu o que é que temos de fazer?", e com a mesma vos respondo "Talvez fodê-los"(acrescento meu)!
Reclamem,gritem e agitem o mercado.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Grande Adam Green

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

I love you too

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

O melhor iogurte do mundo



Sem querer ser pretensioso, o que não é difícil numa sociedade descapitalizada intelectualmente, e porque as saudades apertam, lanço aqui uma série (que como todas as encetadas na internet pode nunca passar do primeiro episódio) com o intuito de me(nos) recordar(mos) do tempo que passei(amos) nessa instituição da felicidade que simpaticamente se apelidou de ERASMUS.

Neste percurso ínvio que se adensa em cada esquina da memória decidi desterrar o paladar e dar-lhe honras de parangona.

Num registo mais mundano vos direi que o que esta imagem significa é algo de indescritível. Meus caros, nunca fui muito de lácteos (sempre fui generoso ao ponto de os deixar para quem aprecia o famoso "moustache à la moulin rouge"), mas uma coisa é certa, o que aqui vos trago não são meros detritos de mimosas à beira rio plantadas, não, trata-se do mais puro (de)leite, da mais sagrada refeição light que alguma vez quem quer que seja poderá vir a provar.

Exagerado?! Talvez, contudo não admito tal preconceito a quem nunca O provou, muito menos a quem já o fez (sacrilégio, hereges).

Garanto-vos, se Afrodite algum dia nos permitisse provar seus seios, descobriríamos de onde escorre tão doce néctar.

Um último aviso, nunca Os provem, poderão não conseguir descobrir o que aqui aprenderam, afinal a memória também é ficção.

P.S.: Egrégios?! Os avós?! Egrégios são os pedaços que este tesouro esconde.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Exacto

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Uma pra ti, outra pra mim, outra pra ti, outra pra mim



Cuidado, não vá acontecer cortarem na casaca uns dos outros...

E Deus criou o Marketing

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Eu já sabia e você?



Porque é que os ingleses e não só, usam aquela papoila de papel na lapela?

A resposta aqui

Se ao menos fosse assim tão fácil

domingo, 4 de novembro de 2007

Baby Love?

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Azia



Agora que já passaram dois dias sobre os fatídicos (é eu sou assim, parvo, acho que isto foi trágico) eventos de S. Paulo (Brazil), debruço-me sobre este penoso assunto - a Perda do título por parte de Lewis Hamilton.

Ora o que os últimos dois grandes prémios vieram demonstrar, e digo-o com mágoa, é que a Mclaren não estava preparada para ser campeã. Uma falta de organização como a demonstrada na China e no Brasil - vide o caso da manifestamente extemporânea entrada na boxe de Hamilton em Xangai (ou Changai) e da utilização proibida do duplo set de pneus de chuva nos treinos livres no Brasil - comprovam isto mesmo.

Finalmente uma palavra para o apelo da Mclaren em relação aos Williams e BMWs, é pena que a equipa não entenda quando está perdido o mundial. É certo que foi um ano difícil para nós, adeptos ferrenhos, mas serão poucos os que se revêem nesta decisão. O título foi perdido em pista, é lá que ele deve ficar.

Honra a Raikkonen, o meu piloto preferido, que era o único (além de Hamilton) a quem me parecia justa atribição do título. Pena ser na Ferrari.

P.S.: Pus o Raikkonen vestido à Mclaren porque não consigo pô-lo de vermelho (peço desculpa).

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Párias

Pedro Passos Coelho assumiu hoje (há minutos) que quer ser presidente do PSD.
Nada mais digo de momento.

sábado, 6 de outubro de 2007

Fallen from the stars



Marion Jones admitiu ter tomado esteróides.
A ex-campeã olímpica vê-se, assim, na iminência de perder todas as medalhas conquistadas na sua carreira, para além de enfrentar uma pena de prisão cujo limite máximo ascende a dez anos.
O mais importante, no entanto, nem é toda esta parafernália mediática que rodeia o caso, nem mesmo o facto de mais um(a) prevaricador(a) ter sido revelado(a), é antes a notícia de que se está a apertar o cerco científico à utilização destas substâncias dopantes.
Seria importante que, finalmente e sem rodeios, os EUA aceitassem os critérios e métodos do COI (Comité Olímpico Internacional), bem como a sua autoridade, em tudo o que concerne ao combate anti-doping. Aqui, como, por exemplo, na Convenção de Genebra, os EUA demonstram uma preocupante contradição entre o que professam e o que praticam. Esperemos que percebam a gravidade destes (sucessivos) casos e abracem a luta ao "batotismo" duma forma bem mais agressiva.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Afinal nem todos são bons



A primeira medida política de Menezes e da sua equipa está tomada - abandonar a reivindicação da baixa de impostos defendida pela anterior (que ainda é actual) direcção.
O que transparece desta posição é, além da aparente coerência com o defendido durante a campanha eleitoral interna, uma pequena, mas importante contradição. É que, relembre-se, segundo Menezes a bancada parlamentar do PSD era (e, supõe-se, continua a ser) óptima. Parece é que LFM não concorda consigo, pois que, se concordasse, teria certamente sérias dificuldades em discordar daquela que era, até há bem pouco tempo, a figura de proa, em matérias económicas, dessa mesma bancada - falo-vos de Miguel Frasquilho.
Menezes prepara-se, assim, para desfazer toda a agenda construída por Marques Mendes, no que à política económico-fiscal diz respeito.
Para onde irá o novo líder? Por enquanto ninguém sabe.
Resta-nos esperar pelo pensamento e estratégia económicos do "novo" PSD.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Rei morto, Rei (re)posto



É um facto indesmentível, eu, João Marques, aqui me confesso, tenho por Santana um desprezo político exemplar (não humano, nem tão pouco intelectual).
Assim, torna-se mais fácil escrever o seguinte: Ontem, Pedro Santana Lopes, foste grande, aliás, o maior. Um exemplo.

P.S.: Fosses sempre assim e não estavas onde estás.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Once you go Mac you never go back



Hoje, passeando por uma superfície comercial especializada na venda de tudo quanto é informática, observava os variadíssimos portáteis à venda. Inúmeros modelos, uns grandes, outro pequenos, caros, baratos, todos, sem excepção, com o Windows como sistema operativo. Eu, que desde que me conheço utilizo PCs com o sistema operativo da Microsoft, só há pouco descobri que há alternativas. A que experimentei (e gostei) foi a da Apple - o Mac OS X, para ser mais preciso - e devo dizer que foi como abrir os olhos. Jamais ousara tocar num Mac, mas desde que um Mac Book se instalou cá em casa, nunca mais quis (quero) outra coisa. É que, mesmo o office para Mac (sim, o da Microsoft) é mais intuitivo que o tradicionalmente utilizado nos PCs "normais". Além do reconhecido mérito do departamento de marketing da Apple (do qual eu pareço fazer parte, asseguro-vos de que não é o caso), que tem conseguido transformar produtos em "statements" tribais (vide Ipod), o certo é que o produto oferecido (salvo seja) é de indesmentível qualidade, uma real e muito boa alternativa ao Windows.
O meu desafio, no dia em que a Microsoft acaba de ver confirmada a condenação em multa de Março de 2004, por parte da Comissão europeia, por comportamento anti-concorrencial, é dirigido a todos vós, Windows-dependentes-por-conveniência: experimentem o Mac Os, o Linux, o que quiserem, pode ser que saiam surpreendidos da experiência. É que, se acredito no sistema capitalista, acredito também que ele só poderá funcionar caso haja efectiva concorrência, coisa que actualmente não existe.
Façam-me um favor e já agora a vocês também, experimentem!

sábado, 15 de setembro de 2007

Mclaren multada - 2



Após ler atentamente o relatório do WMSC (Conselho Mundial do Desporto Automóvel) e apesar de ser um ferrenho adepto da Mclaren, tenho de reconhecer que o castigo imposto foi brando, dados os inúmeros indícios de práticas absolutamente inqualificáveis por parte de altos responsáveis da equipa. Assim, fica a nota de embaraço da minha parte (pois nunca julguei possível uma tal coisa) e a certeza de que, pelo menos daqui para a frente, os "chico(s)-espertos" pensarão duas vezes antes de cometerem semelhantes actos.

P.S.: Muita sorte a de Alonso e de Pedro De La Rosa por não terem sido penalizados (provas do seu envolvimento não faltavam)

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

PCP-Partido Comodista Português



É sintomática a falta de adequação do PCP aos (chamados) "tempos modernos". Já toda gente falou e dissertou sobre o anacronismo da ortodoxia, sobre a quase demência que impele ao igualitarismo selvagem e, sobretudo, sobre a completa impossibilidade (felizmente) de levar a cabo a concretização do modelo proposto (a não ser, é claro, que estejamos dispostos a abdicar de umas coisitas sem importância, como o espírito crítico e a vontade, ou a liberdade intelectual). Agora, o que nem sempre nos lembramos de destacar é a barbárie a que, beneplácitamente, adere o "querido e simpático PC". Já não chegam os obtusos convites às FARC, os vivas a Castro e a outros de igual monta. Não. Venha ainda a velha mentalidade (bairrista q.b.) de proteger os do burgo. Os nossos fazem tudo bem. Paradigma de semelhante farrapo intelectual é o recente episódio com o Dalai Lama. Sou-vos sincero, o homem nem me aquece, nem me arrefece, agora termos um partido que pondera se vai ou não aderir às mais básicas regras de protocolo (para não dizer de educação), só por obediência cega ao PCC (sim, o chinês), isso é escatológico.
Os moralistas do Iraque, são os Judas do Tibete. Com sinceridade, esta gente ainda tem 10% nas eleições, é escandaloso.

P.S.: É interessante ver como o (alegado) neo-imperialismo dos E.U.A. tanto os incomoda, mas a anexação do Tibete deve ter sido um acto de caridade?
P.S.: Já que falamos da China e para não pensarem que isto é um blog ultra-liberal, fica aqui a nota de repúdio (quando não de desprezo) pelo recente caso em que a Yahoo ajudou o governo chinês a localizar dois insurrectos anti-regime que utilizavam a internet para actividades "subversivas".

Mclaren multada por "excesso de velocidade"



A FIA decidiu multar a Mclaren e afastá-la do campeonato de 2007. Pese embora possa ter havido, de facto, espionagem, vou guardar melhor opinião para amanhã, dia em que a FIA publicitará as conclusões de todo o processo.
O que não podemos desde já afirmar é que este caso está encerrado, como diz Ron Dennis nesta conferência de imprensa. A Mclaren vai estudar o que a Federação acabar por publicar e, com base nisso, reagirá como bem entender.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Notícias de férias



A Universal deu um passo importante no delinear do mercado da venda de música (e outros bens culturais) no futuro. Ao suprimir os DRM (Digital Rights Management) envia um sinal decisivo aos consumidores, um sinal que significa tão somente a vitória destes face às gigantes multinacionais, detentoras dos direitos sobre as obras de múltiplos autores. Chega-se, assim, a um ponto de consenso - o possível, para as multinacionais, o desejável, para nós (consumidores).
A mensagem que perpassa nem é a de que a pirataria triunfa, mas a de que o respeito pelos consumidores e seus direitos básicos há-de resultar na responsabilização destes e na "moralização" (à falta de melhor termo) do próprio mercado.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Santos da casa...



Já não chegava ter ficado sem o terceiro guarda-redes da época passada, promovido a indispensável sem razão aparente (embora eu o ache o melhor disponível no Benfica), agora Fernando Santos vê-se dentro do pesadelo. Sem Simão fica uma vaga, ou melhor, (quase) um buraco negro, por preencher. Desautorizado quer por jogadores, quer pelo presidente, parece-me que, de facto, não vai haver milagres....
Espero enganar-me redondamente!

sábado, 21 de julho de 2007

segunda-feira, 16 de julho de 2007


Enquanto Menezes se decide...
Marques Mendes está no terreno...
A hipotética 3º corre por apoios...

JSQuÊ?



Gostaria de saber o que é que a JSD teria ou terá a dizer sobre o que se passou em Lisboa. Inclusive sobre o seu próprio papel no cataclismo eleitoral de ontem.

Tenho cá um feeling de que vamos sabê-lo daqui a uns tempos, quando houver outros candidatos assumidos à liderança do PSD. E tenho o mindinho a dizer-me que há alguns que, tendo apoiado a candidatura dos actuais quadros dirigentes no último congresso, sofrerão de azia aguda. Aconselho o restabelecimento do stock de "Rennie"...Pelo sim pelo não...

Velhos são trapos



Já se sabia que as coisas lá para os lados de Cabeceiras estavam...digamos...abafadas. Agora, o que é desolador constatar é que a máquina partidária de um partido, no caso a do PS local, distrital e nacional, sirva para humilhar pessoas que passaram (tenho quase a certeza) a vida a trabalhar, não possuem formação elevada (se é que possuem alguma que não a da vida), de idade considerável que, quanto mais não fosse pelo estatuto que lhes deveria conferir a posição de anciãos, mereciam outro respeito e consideração (por mínimos que fossem) por parte daqueles que, como é o caso, lhes devem o cargo que ocupam (em Cabeceiras, está claro).
Prostrá-las a um tal espectáculo, como cristãos atirados aos leões na Roma antiga, para deleite do público (neste caso interpretado por jornalistas e analistas), diz bem dos padrões morais de quem opera esta inqualificável mise en scène. E nem se venha dizer que ninguém foi obrigado a nada, pois, como é que alguém pode ser obrigado a ir para uma incógnita?!

domingo, 15 de julho de 2007

O outro MM



E, já agora, Manuel Monteiro que acorde para a vida e que abandone a política activa. É que ficar atrás do PNR e da figura sinistra de Pinto Coelho, só pode nisso resultar. Parece que até a personagem caricatural que acompanhava MM na campanha teria feito melhor resultado.

Esperado

Digo o que me vai no coração, e digo-o com profunda tristeza...

Na noite em que Sócrates regressou ao mundo mais rural e por vezes esquecido... discursou efusivamente para o povo do Alhandroal, Arco de Baúlhe, Cabeceiras de Basto... O PSD viveu um pesadelo...

Os últimos 2 lideres do meu partido conseguiram que o PSD deixasse de ser um partido dos 40 por cento para cima , para passar a ser o partido dos 15 aos 30...

Conseguiram que o PSD entrasse em agonia lenta desde 2005 até à data...( responsabilidades, podem neste capítulo ser assacadas também a Durão Barroso, que deixou o partido à deriva entregue a Santana Lopes, como tão bem havia prevenido Pacheco Pereira...

Com a maior das naturalidades, hoje após os resultados das eleiçoes, falei com algumas pessoas independentes, as quais analisavam os resultados( os 15% do PSD) com naturalidade, como se estes resultados fossem normais para o PSD, é triste constatar que as pessoas já nem estranham...
Na verdade este resultado seria óptimo na perspectiva da CDU....mas não do PSD...

Ainda há pouco ouvi uma jornalista dizer, no âmbito da análise aos resultados, que "se o PSD quer voltar a ter um papel importante no panorama político é bom que os seus militantes encontrem alguém capaz de fazer frente a José Sócrates, que Marques Mendes já provou que não consegue"

Não podia estar mais de acordo, aliás após ouvir Marques Mendes apercebi-me o quanto ele está agarrado ao lugar, tanto que não consegue discernir que não é bom para o partido, e marca eleições , como se apenas importante fosse legitimar o seu lugar....
Não teve o discernimento de anunciar aos militantes que o seu ciclo esgotou e depois dele virá quem do Psd melhor fará...

Menezes a alternativa tão falada muito pior faria ao partido, na minha opinião...mas se há algo que o PSD se pode orgulhar ao longo da sua história é de sempre ter podido contar com os melhores homens e mulheres deste país, nos quais jamais incluiria Júdice, que chegou ao ridículo de se regozijar pela vitória do Partido socialista...

Por isso, espero que o PSD saiba encontrar a solução, para em 2009 voltarmos a ser o partido da confiança dos Portugueses...

Eu tenho o meu desejo...Gostaria muito de ver José Pedro Aguiar Branco, ex-ministro da justiça, deputado, presidente da assembeia municipal do Porto... liderar os destinos do meu partido...

Factor Carmona

O facto mais triste que sobressai dos resultados nem é a derrota (impensável nos números e no estilo) do PSD, é antes o facto de que nem com os votos de Carmona (e, já agora, de Telmo Correia) em conjunto com os de Negrão assegurarem a vitória.

Único factor minimamente positivo foi António Costa não chegar à maioria absoluta (o único dos grandes com um resultado normal).

P.S.: o P.S. recebeu o voto de protesto que merecia....ou talvez não!

terça-feira, 10 de julho de 2007

Os japoneses também sabem pop

terça-feira, 3 de julho de 2007

Fez-se justiça



Finalmente vejo a U.E. a repreender o Estado português pela sua anacrónica e injusta tributação automóvel, naquilo que constitui um caso flagrante de dupla tributação, contrário, pois, à nossa constituição.
Pela mão da ACAP, já que o governo português nunca se preocupou em ter um esquema tributário justo, mas sim lucrativo (sem qualquer tipo de critério, sequer, social), vejo com agrado que teremos uma revolução no sector automóvel, algo que há muitos anos deveria ter acontecido.
É também isto a sociedade civil, ainda que por motivos egoísticos (mas que a todos beneficiam), viu-se uma associação a lutar contra a máquina fiscal, num combate desigual (mais a mais que o "fisco" em Portugal não olha a despesas para combater os cidadãos), nunca tendo desistido, nem vacilado, acabou por levar a sua avante.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Como vai Sr. Feliz?



Aí está, os nossos brilhantes deputados, imbuídos na célebre coragem lusitana, preparam-se para aprovar uma lei do tabaco (sim, leu bem) violentíssima.
A partir de agora só se poderá fumar......................(sh, sh, sharan!) nos estabelecimentos que assim o permitam. Ou seja, quem quiser fumar dentro de espaços pequenos (menos de 100m2. É de mim ou este "prémio" é tanto mais irracional quanto se trata de um espaço diminuto?) verá o seu acesso ao vício (e ao viciar os outros) cair nas mãos sem escrúpulos dos proprietários desses estabelecimentos. Como todos nós sabemos, esses mesmos proprietários têm, historicamente, demonstrado uma aversão inamovível aos hábitos dos fumadores. Assim, deve temer, tremer e desesperar toda essa grande maioria da população que fuma e que faz fumar, o assalto ao seu direito ao vício foi brutal, esperemos que consigam recuperar e dizer presente para enfrentarem com coragem os desafios que se avizinham.

No entretanto, adivinham-se protestos dos fanáticos que, não contentes com este nível de proibicionismo brutal (que só encontra precedentes no tempo do padre António Vieira, quando se decretou uma proibição total dos sermões aos peixes - por razões de saúde pública), pensam já em novas limitações social-fascistas, como seja o caso da proibição do acesso a armas de fogo a menores de 5 anos.

O humor pode ser de qualidade duvidosa, a escrita também, mas o conteúdo a que se refere este singelo "post", esse, tresanda a hipocrisia e a cobardia.
Já devíamos esperar este desfecho, ou não se chamasse a mais famosa das marcas de tabaco nacionais "Português Suave"...

terça-feira, 26 de junho de 2007

E o resto?

Estou a acompanhar o programa Prós e Contras na RTP. Até agora discutiu-se o Norte através do "filtro Porto". De Braga, Viana, Guimarães, Fafe, Barcelos, Chaves, Ponte de Lima, Valença, Bragança, zero.
Se calhar é por isso que o Norte está em crise.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

O poder da mente



Os japoneses da Hitachi estão a desenvolver um sistema que permite a qualquer comum mortal interagir com os objectos e o meio circundantes através das ondas cerebrais. No fundo, trata-se de um comando cerebral para nos possibilitar ser mais preguiçosos ainda. É a democratização do poder da mente, até os idiotas vão poder aproveitar este sistema. No entretanto mexam as pernas e os braços para poderem contar aos vossos netos como é que se fazia no vosso tempo...
Notícia completa (em estrangeiro)
O video de demonstração aqui

domingo, 24 de junho de 2007

Ainda a Pop (da boa)


"Silly Lily, Funny Bunny"

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Vou concorrer para a diplomacia



Ao que parece o governo/Estado português prepara-se para abrir uma embaixada nas Seychelles. Perante os problemas financeiros que assolam o Ministério dos Negócios Estrangeiros, estando em marcha o fecho de inúmeros postos consulares em todo o mundo, só me surgem duas hipótese para esta notícia: Ou o custo de operação de uma embaixada é de tal modo elevado que se vem agora apostar no "outsourcing" (dado que a Índia é já, mais ou menos, ali ao lado); Ou então é outra coisa qualquer que não posso descrever, sob pena de ver a minha pobre pessoa constituída arguida num qualquer processo de difamação.
No entretanto vou ver se tenho uma "carteira de competências" suficiente para viver num bungalow construído em cima de um mar azul turquesa. Nunca se sabe, posso vir a ter sorte...

terça-feira, 19 de junho de 2007

PP vs Guimarães

A "silly season" está lançada e parece que é transversal a todos os sectores da sociedade.
Já não chegavam os donativos ao PP por gente tão distinta como Jacinto Leite Capelo Rego (cidadão certamente oriundo do Brasil), agora o Vitória de Guimarães decidiu aumentar a parada contratando um jogador com mais um nome peculiar - Mrdakovic.
Como dizia o douto Quim Barreiros "Eu cá não sou de intrigas, por isso peço segredo", mas não é preciso muita argúcia para saber qual a alcunha com que será brindado o sérvio.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Papão



É preocupante o estado de coisas a que se chegou em Portugal. A recente entrevista de Rui Moreira à RR e à RTP veio, de novo, aclarar uma situação que, não sendo original, nem exclusiva deste governo, demonstra o porquê dos atrasos estratégicos a que vimos sendo vetados de há muitos anos a esta parte.
A claustrofobia democrática assiste a desenvolvimentos dramáticos, mas o que mais me preocupa não é esta (horripilante) atitude sem vergonha do governo português, é antes ser obrigado a dar razão a vozes como a de Vasco Pulido Valente, quando denuncia a precariedade do tecido empresarial em assumir uma independência de acção face ao poder central. O que me espanta é confirmar esta pequenez do tecido empresarial, dependente endemicamente do Estado e das suas obras, com medo de enfrentá-lo sob pena de ser prejudicado no futuro. Desculpem-me a franqueza, mas uma tal situação só encontra paralelismo em países onde funcionem regras e organizações paralelas às do Estado de direito, vulgo máfias e/ou mercenários.
É verdadeiramente triste descobrir que o 25 de Abril, tantas vezes convocado, tenha tido efeitos meramente folclóricos e que, no mais profundo âmago do portuguesismo, se perpetue o sistema de valores herdado do Estado Novo.
É o chamado "reality check", no seu mais profundo significado.

Pop da boa


"Jesusland"

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Perdão? Importa-se de repetir?

"PJ não tem dúvidas de que António Costa é o autor dos três homicídios"
Este título deixou-me embasbacado. Seriam Negrão, Roseta e Carmona as vítimas? Politicamente até podem vir a ser, sendo este título uma metáfora notável, mas até ao fim das eleições o mais que deve correr é tinta e não sangue. Já se no "day after" correrá mais qualquer coisa, nomeadamente na sede do PSD, é o que veremos.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Hamilton



Para quem, como eu, adora Fórmula 1 e, sobretudo, a Mclaren, este tem sido um ano excepcional.
Se, no início do ano, as expectativas eram conservadoras, falava-se então em pódios como bons resultados, agora já não passa pela cabeça de ninguém, dentro da equipa Mclaren, que pelo menos um título não venha a ser conquistado.
Mas a cereja no cimo do bolo tem sido a temporada fantástica do rookie Lewis Hamiltom. Devo dizer que era com expectativa que aguardava a estreia do jovem inglês, já que segui a sua carreira na Fórmula 2 de forma regular, apesar disso, nada me fazia crer que a sua adaptação fosse tão rápida e, sou sincero, que fosse tamanho o seu talento. Ainda bem que assim é, ainda bem que foi ele e ainda bem que foi na Mclaren - para vos explicar o que sinto quando o vejo no carro dos meus sonhos faço esta comparação: é como se um Rui Costa acabasse de chegar ao Benfica, vindo das escolas de formação do clube, e "pegasse de estaca" como o melhor jogador do campeonato.
O que é de salientar é que a Fórmula 1 precisa destas estrelas brilhantes, desde Senna que não se via alguém que arrastasse tantos sorrisos no "paddock" (Schumacher não entra para as contas deste campeonato porque nunca pôde, nunca foi, nem quis ser, penso eu, uma estrela). Dado que Raikkonen tem estado longe de confirmar o seu potencial e Alonso não arrasta multidões (a não ser espanhóis), está encontrado o mito da próxima década, esperemos que mais se juntem para o bem do desporto motorizado.

"And this is just the beginning", como se diz no videoclip.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Betamax

Fez anos no passado dia 7 (nasceu em 1975) a máquina que preparou o caminho para aquela que havia de mudar o mundo...outra vez (o VHS). Falo-vos do Betamax uma máquina absolutamente inútil nos dias de hoje, mas que marcou toda uma geração pela fascinante possibilidade que dava a todos de poderem gravar os seus momentos televisivos favoritos. Bem mais velha do que eu, porventura do que muitos de vós. À velhota aqui ficam os parabéns e desejo de melhores dias, até porque já diziam os The Buggles "Video killed the radio stars" e não o Betamax coitadinho.
A notícia aqui.

domingo, 10 de junho de 2007

Pop com qualidade



"I can buy you"

A letra aqui

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Cada povo tem os politicos que merece



Esta citação (livre) do discurso de Salazar traduz certamente o que muito boa gente pensará. O que mais espanta, no entanto, é a passividade com que quase toda a gente parece reagir perante as investidas de um monumental "flop" cujo nome é José Sócrates. Alguém que confunde autoridade com autoritarismo, pose com saber estar, aparência com substância, não pode nunca estar apto a dirigir os destinos de um país.
Mais um exemplo do que vimos de dizer é a recondução de Margarida Moreira no cargo de directora da DREN. Ou seja, Sócrates demonstra que têm razão aqueles que temiam o pior dos cenários, senão vejamos, o professor Charrua foi acusado, num processo que, até ver, parece abjecto, tendo sido imediatamente suspenso - condenado a preceito portanto. Já quando quem está sob investigação (sim, porque não é só Charrua que está a ser investigado, é todo o procedimento) é próximo do aparelho socialista (como é Margarida Moreira) e por ele se atravessa galhardamente, o resultado é o prémio da continuidade pela recondução no cargo.
Tenham vergonha.
Já vimos que Sócrates põe e dispõe como entende e aparentemente as sondagens permanecem inalteradas, agora o que não sabíamos era que já não havia uma réstia que fosse de decência. Definitivamente o deboche tomou conta destes democratas, cabe-nos a nós a última palavra, saibamos dá-la sensatamente

sábado, 2 de junho de 2007

Os bons terroristas


Hei-de voltar a este tema, para já fica aqui o relato de mais umas quantas meninices de putos "neoburgueses", que nada mais fazem senão gastar o dinheiro dos papás viajando para todo o lado à procura de sarilhos. Papás esses, aliás, que são, as mais das vezes, os principais patrocinadores daqueles contra quem os seus "ricos filhinhos" se revoltam.
Como disse voltarei a este tema mais tarde, para já aqui fica a notícia do Expresso

Não há pai para eles


Impressionante. A única palavra que pode sintetizar a extraordinária cadência de gaffes do actual governo.
Se já não bastasse o "deserto" de Mário Lino, os novos-velhos empregos de Pinho, chega agora outra pérola. Pela voz do Secretário de Estado das Comunidades, António Braga, nosso conterrâneo e excelso mesquitista (será que ainda pensa em suceder ao "grande líder"?), chega-nos a boa nova de que Hugo Chávez e seu governo até que são "bons rapazes".

"Fiquei com muito boa impressão do elenco governativo, da sua formação de base, técnica e política.", disse Braga.

Não são de admirar as declarações de António Braga. Afinal, um homem que aprendeu com os melhores representantes do negacionismo democrático - Mesquita Machado - e que exerce funções governativas num executivo cuja tónica tem sido o desprezo pelos direitos democráticos dos cidadãos, só poderia ver em Chávez um exemplo de formação de base e política. Diríamos mesmo que, quanto à boa impressão, com que ficou Braga, em relação à formação técnica do governo venezuelano, não poderemos discordar, basta ver como eles aniquilam qualquer resquício de oposição.

P.S.: Notícia do jornal Expresso

A vida em câmara lenta

Já imaginaram como seria se a nossa vida fosse em "super slow motion", tipo aquelas repetições do futebol ou da Fórmula1? Talvez assim:

sábado, 26 de maio de 2007

O problema da wikipédia



Enciclopédias à borla têm destas coisas.

Canta comigo Marques Mendes

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Mau Karma

Ora aí está, o pior pesadelo de Marques Mendes parece que se vai mesmo concretizar.
Nunca a metáfora desajeitada de Santana Lopes, quando nos brindou com as agressões ao "menino na incubadora", caiu tão bem.
Só resta a Marques Mendes qual "menino guerreiro" começar a cantar:

"Um homem também chora
Menina morena
Também deseja colo
palavras amenas
Precisa de carinho
Precisa de ternura
Precisa de um abraço
da própria candura

Gerreiros são pessoas
são fortes, são frágeis
Gerreiros são meninos
por dentro do peito
Precisam de um descanso
Precisam de um remanso
Precisam de um sonho
que os tornem perfeitos

É triste ver meu homem
guerreiro menino
com a barra do seu tempo
com o nosso ideal
São frases perdidas num mundo
por sobre seus ombros
Eu vejo que ele sangra
Eu vejo que ele berra
a dor que tem no peito
pois ama e ama

Um homem se humilha
se castram seus sonhos
Seu sonho é sua vida
e vida é trabalho
E sem o seu trabalho
o homem não tem honra
E sem a sua honra
morre-se, mata-se

Não dá pra ser feliz,
não dá pra ser feliz..."

terça-feira, 22 de maio de 2007

Boas notícias

"92 por cento dos portugueses apoiam a proibição de fumar nos escritórios e outros locais de trabalho fechados, e 91 por cento defendem a interdição de fumo em todos os espaços públicos fechados, como metro, aeroportos e lojas (a média comunitária em ambos os casos é de 88 por cento de apoio)."

"Uma expressiva maioria dos portugueses (84 por cento) também apoia a proibição de fumar em restaurantes (contra 77 por cento da média comunitária), e mesmo no caso que divide mais a opinião pública europeia, a interdição de fumar em bares e pubs, a medida é apoiada por três quartos dos portugueses (74 por cento), acima da média comunitária (62 por cento)."

Esperemos que o Ministro da Saúde aprecie com parcimónia este relatório e decida em conformidade.

A notícia completa no Sol

sábado, 19 de maio de 2007

Fado do delator


Ao professor Fernando Charrua:

"De quem não gosto
Até as paredes confessam
E até apostam
Que não gosto de ninguém

Podes fugir
Podes mentir
Não responder também, mas
De quem não gostas

Até as paredes confessam"

Intérprete: Margarida Moreira
Letra e Música: José Sócrates
Editora: Capataz

Se quiser comprar o disco clique aqui.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Sub Judice

É triste ver gente de nomeada sair do PSD, especialmente da craveira intelectual de Júdice. Agora, não menos triste é ver exactamente o mesmo Júdice a filiar-se tácitamente no P.S. ao tornar-se mandatário de António Costa, por sinal o candidato do principal opositor do PSD. A ordem de valores anda, definitivamente, mudada. Uma tal mudança em tão curto espaço de tempo até dá ideia de que foi motivada por motivos ulteriores. Não acredito nesta hipótese, mas como se sabe, a presunção de inocência na vida pública funciona de forma totalmente oposta à dos tribunais, é da responsabilidade dos "arguidos sociais" provarem a sua inocência.

Sobra em tristeza o que falta em revolta.

Negrão


Pois é, parece que desta é de vez, o candidato do PSD à CM de Lisboa está escolhido.
Um homem, honesto, íntegro, voluntarioso, cinzento, amorfo, sem chama, estou confuso, eu estava a falar de Marques Me.., ah pois Negrão, exacto.
A grande diferença entre Fernando Negrão e Marques Mendes é a estatura, física claro.
Vai ser interessante ver quanto é que um "clone" de Marques Mendes (tem todas as suas virtudes e defeitos) vale eleitoralmente. Será o princípio do fim de Marques Mendes?
O nome parece não augurar nada de bom: "Negrão", a ver vamos.

terça-feira, 15 de maio de 2007

Pingue-pongue (parte I)

Assim se chama o espaço de debate diário do jornal "Público", em que Helena Matos e Rui Tavares se degladiam saudavelmente em curtas mas incisivas crónicas.
O que me levou a escrever sobre este espaço foi o "reality check" único produzido por Helena Matos hoje mesmo.
Uma das grandes dificuldades com que a Europa e, mais concretamente, a União Europeia se tem deparado é a resposta a dar aos fenómenos de violência interna que vão assolando, com maior ou menor intensidade, os países membros. Vivemos numa época "sui generis" em que o relativismo moral parece um absoluto, o que constitui uma das mais caricaturais antinomias do ocidente moderno. Vivemos presos num "colete de forças" axiomático que, curiosamente, por nós foi criado. Antes que se disparem as customeiras críticas de que o mundo não é só a preto e branco, que também há um espaço cinzento onde os valores se confrontam tornando o determinismo inviável, devo dizer que não quero pôr em causa essa existência. O que digo, sim, é que quando confrontados com o preto ou o branco, não podemos procurar subterfúgios, tácticas subreptícias, quase conspiratórias, que invariavelmente apontam como culpados os suspeitos do costume - a Sociedade e as suas injustiças. Vamos a ver, quando um crime é cometido, alguém é julgado e condenado, cumprindo a sua pena, assim reafirmando a paz social e, esperançosamente, convertendo-se em alguém melhor que não irá reincidir no mesmo comportamento, somos forçados a ver aí um sucesso e mais, Justiça. Não fazemos qualquer tipo de distinção se o crime foi cometido por alguém de esquerda ou de direita, se por rico ou pobre (embora tal possa servir como algo a considerar na medida da pena do agente), em suma, se o crime é bom ou mau. O crime é em si mesmo um mal, se assim não fosse não reagiria a sociedade com tanta veemência contra ele. Ora se assim é, pergunta-se, porque é que de cada vez que acções criminosas como as que aconteceram em bairros problemáticos em França, ou mais recentemente entre nós, em Lisboa (na célebre Rua do Carmo), merecem um sem número de explicações sociológicas, redundando numa espiral de argumentos que convencem tanto quanto as acções que lhes deram origem. O objectivo óbvio parece claro, desculpabilizar e fazer gincana política com essas situações sempre a favor dos mesmos, a esquerda e extrema esquerda.

Pingue-pongue (parte II)

Porquê a esquerda perguntar-se-á? Esquecendo as origens históricas que a fundaram, os seus princípios jacobinos ou girondinos, o que parece poder afirmar-se é uma coisa, a causa gira em torno da invariável tendência para a colectivização, para o pensamento de grupo e desconsideração do indivíduo. O célebre mandamento kantiano do Homem como fim em si mesmo é estranho à esquerda, de uma tal forma que esta se opõe a tudo quanto resulte numa afirmação desse indivíduo, positiva ou negativamente. Exemplo mais claro desta repulsa "leninista" é aquele que vimos de explanar - o do crime e o da sua resposta. Concerteza que os factores sociais influem em muitos desses comportamentos, agora, não menos certo é a responsabilidade de pessoas adultas, responsáveis quer social, quer penalmente e às quais devemos reconhecer, nem que por defeito, capacidades mentais. Ou seja, não podemos desculpabilizar problemas reais, não nos podemos resguardar numa atitude pró-negativa, rejeitando as factualidades que nos atormentam. Sem dúvida alguma que é imperioso combater as causas sociais que incentivem eventuais focos de violência (não somente por causa disso, mas também por isso), contudo não devemos nunca permitir que tal combate nos tolde a razão e nos limite a acção. Sejamos claros, a violência é um mal em si mesmo e como tal deve ser combatida, o meio primordial para combater a violência a jusante é, não tenhamos dúvidas, a repressão, logo é o meio a utilizar. Quanto às "canalhices" a que Sarkozy se referiu há uns meses e que muitos de esquerda dizem ser o reflexo do homem que as proferiu, há sempre algo que parece roçar o ridículo em tais impropérios, quanto mais não seja pelo facto de colarem a quem os "vomita" uma cumplicidade absolutamente inaceitável com os agentes da violência. Então, e recorrendo às sábias palavras de Helena Matos, só me resta perguntar: "...porque custa tanto dizer que são criminosos aqueles (...) que se portam como canalhas? E que como todos os canalhas escolhem para alvos os mais pobres e os mais frágeis?". Não nos esqueçamos que, como bem nota Helena Matos, as grandes vítimas destes actos animalescos são pessoas como qualquer um de nós que, de um momento para o outro vêem o seu carro incendiado, a sua loja vandalizada, sem que ninguém marche por eles, sem que ninguém por eles se indigne. E isto não merece tanta ou mais atenção do que os adjectivos (justamente) utilizados por quem impotentemente assiste ao caos. Não sejamos hipócritas, se há alguém que, ao ver reproduzida esta barbárie, não se indigne e não grite bem mais do que "canalhas", então o seu código de valores está, mais do que desadequado, obsoleto.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Maternidade precoce

Faz hoje 73 anos a mãe mais nova de sempre. Aos 5 anos teve o seu primeiro filho.

A história aqui

domingo, 13 de maio de 2007

E se...



E se o CDS concorrer em coligação com o P.S. para a Câmara de Lisboa...

P.S.: Começa aqui uma série de "e se(s)" sobre as próximas eleições em Lisboa.

Ouisboa

Pois é, ao que parece o rumo do PSD está nas mãos de um conjunto de pequenos freaks. Não me entendam mal, mas já não bastava termos um líder de metro e meio, agora surge um putativo candidato que nem consegue pronunciar o nome da Câmara a que concorrerá. Atenção, nada tenho a opôr ao mérito e trabalho de Seara, no entanto, já o imaginaram num comício a gritar Ouisboa, Ouisboa. Esperemos melhores dias.

Vejam a confirmação (provisória) da candidatura aqui

terça-feira, 8 de maio de 2007

Vice versa

À semelhança do que fiz com o debate (as chamadas primárias) dos democratas, deixo-vos a sugestão: o primeiro debate dos republicanos na corrida para as eleições de 2008. Cliquem aqui, procurem "Decision 2008" e sigam os dois debates.

Parece complicado obter um curso na América

Pois é, se fosse tão difícil obter um curso em Portugal como é fácil perdê-lo na América, algo me diz que uma certa pessoa não teria um certo curso obtido numa certa universidade. Se é que me entendem.
Vejam aqui.

Carmona, Carmona quem és tu?

Ninguém, um "Zé Ninguém"...

domingo, 6 de maio de 2007

Fundamentalismo saudável

Cresce em mim uma notável preocupação em relação à legislação antitabaco. Isto tem que ver com as afirmações que, em jeito de sussuro, se vão fazendo quanto a eventuais recuos e cedências perante lobbies pouco representativos da vontade maioritária da população. O que digo, portanto, é que há claramente um conjunto de interesses que se conjugam - tabaqueiras, restauração e lazer e alguns (poucos) fumadores - e que, com um surpreendente mediatismo, têm (aparentemente) colhido apoios no seio do poder político.
Devo confessar que se trata aqui de uma matéria em que eu compreendo, apoio e potencio qualquer fundamentalismo em vista da coercividade quanto à proibição desse nefasto hábito. Sempre e quando o mesmo interfira, por mais mínima que seja a interferência, com o direito ao ar puro de qualquer ser humano. Sejamos claros, este é um daqueles temas que não admitem meios termos, ou somos a favor ou contra a proibição de fumar em locais onde coabitem, trabalhem ou circulem pessoas (com o pressuposto anterior presente como é óbvio). Nem se venha sequer argumentar que (como já ouvi no PP) o consumo de cocaína ou heroína é menos gravoso do ponto de vista da resposta do Estado, leia-se multas, do que o acto "inócuo" de fumar. O que aqui está em causa não é o mal que o fumador provoca "estupidamente" a si mesmo, é antes a repercussão nefasta que atinge todos os terceiros que se vêem obrigados a uma escolha maquiavélica: abandonar o local onde se encontram ou "gramar" com o fumo alheio e com as subsequentes consequências dessa inalação; e isto quando tal opção existe. Se alguém fumar cocaína ou heroína (ou outra substância idêntica) então que se autue de acordo com as contra-ordenações em questão (neste caso duas), é simples.
Da minha parte, que tive o prazer de viver durante um ano num país em que já vigorava a proibição de que se fala, no caso concreto na Itália, deixo aqui o meu testemunho. Posso-vos dizer que não existia entre os clientes habituais de bares, cafés e ou restaurantes qualquer sentimento de descriminação, desrespeito ou perseguição. O que se via sim era um reconhecimento cada vez maior das desvantagens inerentes a este vício e um crescente despertar para a necessidade de abandonar os cigarros, mesmo por via de uma maior auto censura.
Também não me foi visível qualquer amargura por parte do sector da restauração e lazer, os clientes não eram menos, as receitas não baixaram e a proibição não resultou na criação de um corpo de delatores que, qual PIDE, controlariam inelutavelmente os clientes.
Qual o segredo perguntar-se-á, nenhum, bastou uma dose sensível de civismo de todas as partes para participar num esforço que, nunca é demais lembrar, visa a saúde pública e que, exactamente por isso, merece a nossa pequena contribuição.
Assim o que cabe pedir ao poder político é que não recue numa questão que desde sempre foi um marco civilizacional e que hoje se pode tornar num sinal de evolução do nosso país.
A velha lição da liberdade assenta aqui que nem uma luva, "a nossa acaba quando começa a dos outros".

sábado, 5 de maio de 2007

Reino Unido menos unido

As eleições para o parlamento escocês realizaram-se recentemente. Os resultados, embora não totalmente surpreendentes, vieram dar a vitótria ao partido independentista (Scottish Natinonal Party - SNP). Trata-se não só de um resultado histórico, mas sobretudo de uma demonstração de um sentimento nacionalista que nunca abandonou os escoceses. Quem tem o prazer de conhecer alguém desse belo país sabe concerteza que uma das grandes mágoas que aflige esse povo é a subalternização forçada a que estão vetados face ao domínio inglês. Independentemente do que pensemos julgo que ninguém considerará, como já sugeriram, que se assistirá a uma balcanização da Escócia. Trata-se, contudo, de uma derrota considerável dos trabalhistas, mas sobretudo do reinado britânico.
Para mim, que com honra guardo a amizade de um simpático escocês independentista, é com especial prazer que assisto a estes resultados.

Aqui e aqui

Go Tony

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Até Rufus Wainwright se fartou da América

Vejam aqui o novo video do novo album do autor/intérprete pop americano mais completo da actualidade (na minha modesta opinião).

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Sieg Heil Paulinho

Vejam Portas no seu melhor

O fim (anunciado) das G.A.M. (Grande Área Metropolitana)

Aqui jaz

Portas e Floribela

Uma amiga informou-me de uma curiosa coincidência, Portas e Floribela voltaram no mesmo fim-de-semana.
"E esta hein!?"

O direito ao ar puro - fonte OMS

Os alertas da "fundamentalista" OMS (Organização Mundial de Saúde):

1 – O tabaco mata e provoca doenças graves;
2 – Um ambiente 100% livre de tabaco protege totalmente a população dos riscos graves da exposição ao fumo desta substância;
3 – O direito ao ar puro faz parte dos direitos humanos;
4 – Estatísticas revelam que a proibição de fumar é apoiada tanto por fumadores como por não-fumadores;
5 – Ambientes sem fumo de tabaco são tão bons para negócios como para famílias com crianças;
6 – Ambientes sem fumo dão aos fumadores que estão a tentar deixar de fumar um incentivo para o fazer;
7 – Ambientes sem fumo ajudam a prevenir, principalmente as camadas mais jovens, de começarem a começar;
8 – Ambientes sem fumo de tabaco saem mais baratos.

domingo, 29 de abril de 2007

Regionalizar?

Está de novo nas ruas o movimento pela regionalização. Várias foram as figuras que imediatamente se juntaram à carruagem.
É certo que, cada vez mais, se torna sufocante viver debaixo de um poder centralista, paternalista e alienado, como tem sido o do governo socialista. À transferência de competências que se procedeu nesta legislatura, nenhum outro princípio presidiu que não o da redução da despesa do centrão. Isto, em claro prejuízo das autarquias, que não receberam a dotação necessária para fazer face a estas novas despesas, e dos cidadãos, que se viram privados da satisfação de serviços públicos por uma maquiavélica dupla via: o governo não presta esses serviços porques os "oferece" às autarquias, estas não os prestam por manifesta falta de verbas. No entretanto, os contribuintes continuam a pagar a exacta medida do acréscimo brutal de impostos. Podemos mesmo dizer que este governo criou aqui uma nova corrente político-económica: o Liberal-Socialismo socrático, modelo em que o estado central liberaliza os serviços públicos "privatizando-os" no sector público local (não será pois despiciendo pensar numa privatização por interposta pessoa, obrigando o governo à parceria público-privada por parte das autarquias, para obviarem à prestação dos serviços supra citados, para os quais estas não estão financeiramente preparadas). Ou seja, a "nouvelle cuisine" socialista com o toque liberal q.b., para não cheirar muito a travestismo. Este foi, portanto, o exemplo de abertura à descentralização que de Sócrates perpassou.
Neste cenário desmoralizador surge, como vimos de dizer, este novo movimento. Parece-me, como aliás o apontou Rui Rio, que é extemporâneo o ímpeto que lhe deu azo, não por falta de razão (ou razões), mas porque há toda uma miríade de aspectos que merecem ser pensados e repensados para que a discussão se adense e o tema seja responsavelmente tratado por todos os intervenientes. Sob pena de cairmos novamente na ridícula discussão sobre mapas e capitais e filhos e enteados, devemos ponderar aspectos (eventualmente) mais pacíficos como o que é que podemos fazer, já hoje, para uma efectiva descentralização, apurar o "quantum" de descentralização que queremos e devemos ter e, sobretudo, se essa descentralização não dispensa a criação dessas obscuras entidades - as "regiões" - e das burocracias que a elas possam vir adstritas. O meu ponto é o seguinte, é certo o desejo pungente pela real e operante descentralização de competências (que eu mesmo partilho), não menos certa porém é a questão de sabermos se vale a pena, por ela e para ela, arriscar tudo na exigência de um conjunto de órgãos de cuja idoneidade os portugueses parecem, na sua maioria, duvidar.
Pela minha parte continuarei a bater-me pela descentralização de competências mas sem grande entusiasmo pelo modelo institucional pressuposto pelos regionalistas.
Sou céptico mas não estúpido, por isso me lanço ao debate de forma pacífica quanto à controvérsia e desabrida quanto ao essencial.
Uma coisa já foi conseguida e honra seja feita aos responsáveis por este movimento, voltou-se a falar do poluto centralismo e a questionar a opulenta e provincianíssima capital, pelo menos fora dela.

sábado, 28 de abril de 2007

A famosa cozinha italiana

Por Berlusconi

Crepúsculo


Espero que para o bem do partido e sobretudo para o bem geral do país, caso se venha a apurar verdadeira a constituição como arguido do actual presidente da câmara de Lisboa, este se demita imediatamente.
Se assim for, será uma grande e inesperada derrota pessoal de Marques Mendes.
A laranja chora e as suas lágrimas não são doces.
Mais

Rostropovitch toca(-nos)


Apreciem um momento irrepetível (felizmente).
Aqui

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Quem vai vencer?


Numa altura em que se decide quem governará a França nos próximos 5 anos, começam os debates nos E.U.A. para as eleições de 2008.
Para quem quiser ver o debate entre os candidatos democratas nada melhor do que ir à fonte, vão aqui e cliquem em free video.

Profeta


Pois é, este blog e, principalmente, o seu nome, foi pensado numa altura em que nem se sonhava que este senhor queria regressar à liderança daquele feudo. Serve este post para, arrogantemente, me dar razão. Lembrem-se que esta gente que "anda por aí", sem ponta de graciosidade ou honra, não se coíbe de aparecer e desaparecer consoante as suas necessidades e nunca por Portugal ou pelos portugueses.
Serve este espaço para emitir opiniões singulares e fazer gerar o debate, mas sobretudo para denunciar este grupete parasitário.
É que para mim, grave não é viver da política, o grave é sim fazê-lo sem qualquer tipo de preocupação pelo que é o fundamental nessa nobilíssima arte (sim, eu ainda sou ingénuo) - As Pessoas e o País, NÓS.